o tempo levou tanta coisa.

Queria tanto libertar-me desta dor, deste turbilhão de sentimentos que se apodera de mim e não me dá outra saída senão chorar, recordar e sentir-me mal comigo mesma por te ter deixado "fugir" de mim. Talvez não tenha sido eu a culpada, mas talvez tenha sido...e sei que errei em tanta coisa, agora vejo o quanto fui injusta por vezes e o quanto senti demasiado medo, demasiada insegurança, no fundo eu sei perfeitamente que a culpa disto tudo sempre foi minha, se eu não tivesse tido medo de te perder hoje ainda poderia estar contigo, chega a ser irónico mas é a verdade...Se não fossem as discussões que nos estavam a destruir, hoje ainda poderias estar ao meu lado e eu sinto-me muito culpada por isso. Ainda me lembro da primeira vez que estivemos juntos depois de tudo ter acabado e de me teres dito "eu gosto tanto de ti que não dava para continuar contigo,estávamos sempre a discutir e isso põe-nos um contra o outro" e agora eu sei que é verdade, destrui-nos mesmo, de tal forma que nada voltou, o amor da tua parte foi desde logo apagado e com ele foi embora tanta coisa, foram tantos momentos embora, tudo mudou, nós mudamos e nisso já não me culpo,nem a ti,embora sinta pena por teres esquecido tudo tão rápido. Tanta coisa aconteceu, desiludiste-me tanto, e aí já foste tu o culpado.
Agora está tudo muito melhor e sei que se precisar de um amigo poderei contar contigo mas se querem saber a verdade, nada é igual , nada. Eu queria muito que fosse, mas o afastamento foi tanto que agora é tudo muito difícil.
Acontecem coisas entre nós à qual não sei explicar, aliás eu sei o porquê de o fazer mas da tua parte eu não sei mesmo, visto que dizes que não me amas...Mas sei o quanto isso me faz bem, e me faz ter a certeza de que quero repetir sempre momentos como estes .Apesar de querer me ver livre desta dor imensa que carrego comigo, eu não consigo tirar estas memórias da minha cabeça e o maior motivo para isso é não querer realmente esquecer-te, porque tudo o que mais queria era ter-te de novo porque te amo tanto mas tanto (...)
e dói, dói muito viver assim, sem ti!